A Lua tá vestida com aquele halo multicor,
Com minissaia rodada bordada de arco-íris de matéria escura,
Tá toda vaporosa em sua calcinha de algodão.
A Lua tá quase cheia
(de mim)
Dando-me a última chance de lhe chegar como um astronauta encantado
Montado em uma Apolo 11 branca.
Mas o Era Uma Vez
Era uma vez.
Os contos de fadas viraram contos da Carochinha,
Do vigário.
Não arreio meu ônibus espacial :
Arrio.
Tomo o último gole de vodka-tônica-anilina azul
E vou dormir.
São Jorge e Neil Armstrong me excluem de seus feicibúquis e uatizápis.
A Lua ri com desprezo de mim
E chora os seus restos de Sol na madrugada.
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