Comparar  inteligências intraespecificamente - humanos com humanos - é tarefa  cercada de imprecisões metodológicas além de muita polêmica e melindres  dos menos favorecidos nessas comparações.A  coisa, no entanto, é clara para mim : existem os mais favorecidos  intelectualmente, os menos favorecidos e os quase desprovidos, sim.O  que pode ser questionada muitas vezes, e mesmo posta em xeque, é a  "régua" usada na medida da inteligência. Quais são os parâmetros e os  referenciais adotados para se dizer se o sujeito é mais ou menos  inteligente?Talvez seja  possível perceber com mais clareza o que o ser humano considera  indicativo de inteligência se tirarmos o enfoque de nossa espécie e  transferí-lo para outras do reino animal. O ser humano também gosta de  comparar inteligências interespecificamente - entre uma espécie e outra  -, também classificamos outros animais como mais ou menos inteligentes.Alguns  animais considerados com certo grau de inteligência pelo animal humano:  elefantes, macacos, focas, golfinhos e, claro, o cão (devo ter me  esquecido de alguns outros, mas esses bastarão ao meu raciocínio).E  por que esses? Porque são capazes de dar respostas mais rápidas e  eficientes a um estímulo de ensinamento, porque são capazes de melhor  aprender. Aprender o quê? Truques ensinados por humanos. Consideramos  mais inteligentes os outros animais com certa habilidade de imitar atos e  tarefas humanas. Basicamente: são considerados inteligentes, os animais  mais fáceis de se adestrar, os mais obedientes e, por que não dizer?,  os mais subservientes.Tive esse lampejo hoje.
Parece-me que os referenciais usados na quantificação da inteligência humana privilegiam com maiores índices os indivíduos portadores das características supracitadas. O mais inteligente é aquele que aprende mais rápido. Aprende o quê? A repetir e perpetuar todo um modelo social, todo um conjunto estabelecido de usos, costumes, conceitos e ciências de uma dada sociedade; quanto mais rápido o sujeito é adestrado, mais inteligente os testes dizem que ele é.Minhas primeiras professoras sempre teciam elogios à minha inteligência, e a razão disso é bem clara agora. Eu aprendia rápido, facilitava o trabalho delas, até incorporava uma qualidade que talvez não existisse nele - o fato de eu aprender rápido, subentendia uma excelência do trabalho professoral. Claro que todas elas me adoravam.Hoje, já adulto, talvez mesmo por trabalhar em um ambiente de pouca ou nenhuma erudição, ainda sou considerado com inteligência acima da média.Até ontem, gostava de ser chamado de inteligente, embora fingisse que não. Depois desse lampejo de hoje... sei não...Começo a achar que os elogios de minhas professoras primárias não eram tão elogiosos assim.
Parece-me que os referenciais usados na quantificação da inteligência humana privilegiam com maiores índices os indivíduos portadores das características supracitadas. O mais inteligente é aquele que aprende mais rápido. Aprende o quê? A repetir e perpetuar todo um modelo social, todo um conjunto estabelecido de usos, costumes, conceitos e ciências de uma dada sociedade; quanto mais rápido o sujeito é adestrado, mais inteligente os testes dizem que ele é.Minhas primeiras professoras sempre teciam elogios à minha inteligência, e a razão disso é bem clara agora. Eu aprendia rápido, facilitava o trabalho delas, até incorporava uma qualidade que talvez não existisse nele - o fato de eu aprender rápido, subentendia uma excelência do trabalho professoral. Claro que todas elas me adoravam.Hoje, já adulto, talvez mesmo por trabalhar em um ambiente de pouca ou nenhuma erudição, ainda sou considerado com inteligência acima da média.Até ontem, gostava de ser chamado de inteligente, embora fingisse que não. Depois desse lampejo de hoje... sei não...Começo a achar que os elogios de minhas professoras primárias não eram tão elogiosos assim.
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