Algumas escolas particulares de São  Paulo adicionaram uma nova disciplina ao seu currículo, e devo já deixar  aqui minha observação de que se fossem capazes de cumprir corretamente  as tradicionais, até que poderiam instituir novas disciplinas, mas não é  o caso.
Continuando, essa nova disciplina, mais um aborto elucubratório de algum peidagogo, atende pelo nome de "tutoria". E isso é de praxe dentro da peidagogia, o uso de um nome todo pomposo e solene para maquiar mais uma aberração, mais um descalabro.
Tal disciplina, a tutoria, propõe-se a "ensinar" organização ao aluno, "ensinar" a ele o horário em que deve fazer as tarefas, até "ensiná-lo" a arrumar a mochila para o dia seguinte.
Ora, vão todos à merda! Onde estão os vagabundos que atendem pelo nome de "pais", hoje em dia? Será que é muito difícil se "organizar"? Será que é necessário um "profissional" de nível superior para dizer que as tarefas devem ser feitas numa sequência que obedeça à ordem das datas em que cada uma será cobrada? Será preciso um "profissional" da educação para dizer que a mochila deverá conter o material para as aulas do dia?
Daqui a pouco, haverá mais novas disciplinas do genêro, "ensinando", por exemplo, que se deve escovar os dentes depois das refeições, uma "tutoria bucal", já que os pais também não devem ter tempo de ensinar isso aos filhos, outra disciplina que lhes "ensine" que após o banho (que lhes ensine antes que tenham que tomar banho) é necessário bem enxugar-se, e até outra que lhes "ensine" ser conveniente e de bom tom limpar os respectivos cus após uma bela cagada.
Exagero? Não. Pelo menos não de minha parte.
Li essa matéria na Folha de São Paulo de hoje (01/03/2010).
Há depoimentos de mães que estão adorando tal disciplina, já chegam com a matéria estudada em casa, diz uma delas. Mãe é o caralho, isso não é mãe nem na puta que a pariu, isso é uma grande duma descompromissada que está mais interessada em saracotear pelos shoppings e academias que na educação do filho. E esse tipo de mãe está cada vez mais em voga, mães que abrem as pernas, deixam o "bichinho" escorregar para a luz e o mundo que tome conta daí em diante, a sociedade que cuide de seu rebento.
Uma última observação, mais até um alerta: sou professor e já detesto que digam de mim que sou um "educador", se começarem a me chamar de "tutor", prometo, vou apelar feio.
A seguir, a reportagem:
Continuando, essa nova disciplina, mais um aborto elucubratório de algum peidagogo, atende pelo nome de "tutoria". E isso é de praxe dentro da peidagogia, o uso de um nome todo pomposo e solene para maquiar mais uma aberração, mais um descalabro.
Tal disciplina, a tutoria, propõe-se a "ensinar" organização ao aluno, "ensinar" a ele o horário em que deve fazer as tarefas, até "ensiná-lo" a arrumar a mochila para o dia seguinte.
Ora, vão todos à merda! Onde estão os vagabundos que atendem pelo nome de "pais", hoje em dia? Será que é muito difícil se "organizar"? Será que é necessário um "profissional" de nível superior para dizer que as tarefas devem ser feitas numa sequência que obedeça à ordem das datas em que cada uma será cobrada? Será preciso um "profissional" da educação para dizer que a mochila deverá conter o material para as aulas do dia?
Daqui a pouco, haverá mais novas disciplinas do genêro, "ensinando", por exemplo, que se deve escovar os dentes depois das refeições, uma "tutoria bucal", já que os pais também não devem ter tempo de ensinar isso aos filhos, outra disciplina que lhes "ensine" que após o banho (que lhes ensine antes que tenham que tomar banho) é necessário bem enxugar-se, e até outra que lhes "ensine" ser conveniente e de bom tom limpar os respectivos cus após uma bela cagada.
Exagero? Não. Pelo menos não de minha parte.
Li essa matéria na Folha de São Paulo de hoje (01/03/2010).
Há depoimentos de mães que estão adorando tal disciplina, já chegam com a matéria estudada em casa, diz uma delas. Mãe é o caralho, isso não é mãe nem na puta que a pariu, isso é uma grande duma descompromissada que está mais interessada em saracotear pelos shoppings e academias que na educação do filho. E esse tipo de mãe está cada vez mais em voga, mães que abrem as pernas, deixam o "bichinho" escorregar para a luz e o mundo que tome conta daí em diante, a sociedade que cuide de seu rebento.
Uma última observação, mais até um alerta: sou professor e já detesto que digam de mim que sou um "educador", se começarem a me chamar de "tutor", prometo, vou apelar feio.
A seguir, a reportagem:
"Ensinar alunos a organizar o tempo de estudo, a agenda e até a mochila agora faz parte do currículo"
TALITA BEDINELLI
  DA REPORTAGEM LOCAL
Estabelecer  os horários em que a criança fará a lição ou ensiná-la a organizar a  agenda e a mochila são atribuições dos pais, certo? Nem sempre. Escolas  particulares de São Paulo estão criando uma disciplina para ensinar  essas tarefas e aumentar o compromisso de crianças e jovens com o  estudo.
  Em aulas que acontecem uma ou duas vezes por semana, tutores entram na  sala para mostrar aos alunos como se organizar e estabelecer horários  rígidos para os estudos em casa.
  A mudança é estimulada por uma nova concepção de ensino. Antes, ele era  mais focado na transmissão de informação e na "decoreba". Hoje, é mais  centrado na interdisciplinaridade. "Os alunos precisam saber estabelecer  relações [entre os conteúdos]", diz Elaine Marquezini, coordenadora do  fundamental 1 do colégio Santo Américo (zona oeste), que criou no ano  passado a disciplina "aulas de estudo semanal".
  Ana Paula Braga Kienast, 39, mãe de Felipe, 10, aprovou a iniciativa.  "A gente não precisa ficar cobrando, porque ele já vem com a matéria  estudada."
  Como esse novo tipo de aprendizado - exigido em vestibulares e provas  como o Enem- é mais complexo, as escolas têm de fazer com que os alunos  se dediquem mais.
  Por isso, a disciplina, chamada na maioria dos colégios de tutoria, tem  adquirido um papel tão importante quanto as aulas de português ou  matemática. A ideia é que os pupilos "aprendam a aprender", na definição  de Iberê Lopes, um dos tutores da Suíço-Brasileira.
  Em geral funciona assim: quando entram no 6º ano (antiga 5ª série) e  passam a ter mais professores, matérias e tarefas, os alunos são  ensinados a se organizar -anotando a lição de casa na agenda, por  exemplo. Conforme vão avançando de série e ganhando maturidade, aprendem  as maneiras de estudar (com resumos, esquemas ou fichamentos).
  Em alguns colégios, como o Stockler, o aluno tem até uma planilha que  define qual disciplina deve ser estudada no dia e por quanto tempo. No  Albert Sabin, o tutor é também uma espécie de terapeuta: conversa  individualmente com todos os alunos sobre as suas vidas pessoais, tudo  para saber a origem de eventuais dificuldades.
  Já no I.L. Peretz, os tutores realizam com o aluno autoavaliações.  "Vemos com eles quantas vezes o estudo é interrompido pela ida à  geladeira", exemplifica Evelina Holender, assessora pedagógica da  escola.
  Nilson José Machado, chefe do departamento de metodologia do ensino da  Faculdade de Educação da USP, considera positiva a introdução da tutoria  nas escolas. "Na universidade, a tutoria é um trabalho de orientação.  Um aluno da educação básica precisa de mais orientação ainda. Na  conversa com os professores se estimula, se cria o interesse [pelo  estudo]."
  Mas ele não concorda com a transformação desse tipo de orientação em  uma disciplina. "Há alunos que precisam estudar duas horas, outros,  seis. É importante que a escola respeite essa diversidade."
  O pedagogo Ulisses de Araújo, professor da USP-Leste, concorda. "Na  educação tudo o que se tenta homogeneizar é um equívoco. Esse conceito  [de tutoria] vem do modelo de empresas, quer deixar o aluno organizado,  treinado. Para a criança que já tem autonomia, isso pode ser  catastrófico."
  As escolas dizem que, apesar de a aula ser comum a todos os alunos,  aqueles com dificuldades recebem atenção individualizada. No Stockler,  por exemplo, a tabela de estudos é definida com cada um dos jovens e seu  uso não é obrigatório. "Ela me ajudou bastante. Aprendi a me organizar,  e as notas melhoraram", conta Rogério Pereira, 16, aluno do 2º ano do  ensino médio.
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