Deus Gosta de Ver Meninos Tocar Punheta

Que eu me lembre, Deus - o conceito de Deus - não chegou a me incomodar muito até os meus 13 anos.
Houve ligeira perturbação à época da primeira comunhão, eu, então, com uns 9 ou 10 anos, amigos no catecismo e tudo. Cheguei a ter em mãos tal material, um livreto impresso em azul e com desenhos toscos, mas eu já havia tomado contato com os mitos gregos e os desenhos de John Buscema, Jim Steranko, Jack Kirby, e aquele catecismo me pareceu paupérrimo em argumento e ilustração, não me interessei por aquela balela de Adão e Eva.
Além disso, ouvia pela boca dos amigos, havia a hora da confissão ao padre e eles ficavam inventando e combinando "pecados" entre si, responder à mãe era o mais recorrente e plausível do acervo, os outros eram puramente ficcionais. E que pecado eu tinha, então? Os mesmos que tenho agora com mais de 40 anos, ou seja, nenhum.
Como tudo em qualquer religião absurda - e todas o são -, os pecados só existem para quem neles acreditam. Mas, como disse, não cheguei a ficar incomodado pela ligeira estranheza dos meus conviventes.
Uns três anos depois, por uma série de contingências que aqui não são relevantes, fui posto a estudar em um colégio de padres salesianos. E lá havia um, padre Filinto, cuja missão de vida era pregar contra a masturbação. Onanismo, nas palavras dele. Sempre rebuscado de eufemismos, ele desancava a masturbação, a quiromania, a lúdica e salutar punheta.
A figura materna era colocada, por ele, como primeira vigilante desse vício solitário (sabem que no Aurélio, ainda hoje, vício solitário é um dos significados de masturbação ?). E se o zelo materno falhasse, era acionada a cavalaria : Deus.
Desse não havia como escapar ou esconder, ele via e sabia de cada menino punheteiro.
Foi a partir daí que comecei a pensar verdadeiramente no conceito de Deus, a partir disso, estabeleci, pela primeira vez, uma relação com Deus, a de descrença.
Ora, porra. Por que um cara que é onisciente, onipresente e onipotente, com um puta e enorme universo para gerenciar, ficaria olhando para um bando de punheteiros?
Era muita incoerência, mesmo para minha cabeça de 13 anos. Ou esse cara não era "oni" em coisa nenhuma ou era um pervertido. Se não era "oni", não se sustentava como deus e, portanto, não existia; se era um pervertido, também não me interessava como Deus.
Um padre me fez rejeitar o conceito de Deus.
E quando ele falava dos olhos de Deus sobre nós, os dele brilhavam de inveja, queria ele, também e com certeza, observar as piroquinhas duras da molecada.
Mas o que eu sei é que eram inícios da década de oitenta, início da chamada "Abertura" no país e com ela, os primeiros peitos e bucetinhas nas "Playboy", "Status" e "Ele e Ela".
Contra isso, óbvio, o discurso do padre Filinto sempre capitulava, a molecada mandava ver, havia um tal Silas cuja fama era de cinco punhetas por dia. Eu mesmo já tentei atingir tal marca, nunca passei de quatro.
A culpa vinha, é claro, mas o confessionário aliviava o delito da meninada e fornecia "material" para as posteriores punhetas do padre confidente. Ficavam todos satisfeitos, tudo em nome de Deus.
Depois disso, fui me dando conta de outras contradições na construção de Deus, Deus é uma teoria cheia de furos, mas isso também não vem agora em questão.
Só sei - tenho certeza disso - que o mundo e as pessoas seriam bem mais felizes se tivessem feito o que eu fiz : troquei Deus por uma boa e relaxante punheta!!!

Postar um comentário

3 Comentários

  1. Hoje ainda ñ toquei a minha,e ja são 06:51 da manhã,mais concorado com vc esperma ñ é só p/ gerar filhos e sim tambem p/ deliros de punhetas inesqueciveis,a vc ja bebeu seu esperma depois de tocar uma hummm massa viu>>>a ASS: Charlet'

    ResponderExcluir
  2. há uma boa opção ao Deus Cristão. ou melhor, várias opções. os Deuses antigos são foda.

    ResponderExcluir