Eu não sinto mais saudade
Nem de épocas
Nem de lugares
Nem de pessoas.
Não carrego nas costas
Mais nenhuma ausência :
Carrego um vazio.
E hoje,
Eu sei que a dor da ausência
É muito,
Muito diferente,
Da dor do vazio.
E imensamente preferível a esta.
Sento-me,
Madrugada,
Vodka-tônica,
Bolero,
Arrumo a casa
Para hospedar a saudade.
E ela não vem.
(ah, que saudade das saudades que eu sentia).
4 Comentários
Perfeito, Marreta! Muito bom! Você "psicografou" os sentimentos que eu tenho (e que alguns idiotas chamam de mimimi). Tenho saudade de mim.
ResponderExcluirEsse poema é o palco do nosso vazio conjunto.
ResponderExcluirSem igual, Marreta!
Valeu, Maju.
ExcluirE aproveite as suas saudades.
Este comentário foi removido pelo autor.
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