Olá, Morte.
Eu saúdo o teu chegar.
Porém, a me buscar, não vieste sozinha
Como pensei que virias.
Quem é essa outra a teu lado a te fazer companhia?
“- Não me reconheces, então?”
Como? Se de ter te visto não lembro única ocasião.
“- Sou aquela que sempre esteve por perto
“- Não me reconheces, então?”
Como? Se de ter te visto não lembro única ocasião.
“- Sou aquela que sempre esteve por perto
Mas que nunca conseguiu te tocar.
Foste pra mim sempre penhasco escarpado
Com ventos gelados
Impossível de se escalar.
E então, ainda não te recordas de mim?”
Como lembrar-me se nunca te conheci?
“-Sou aquela que sempre esteve triste
Como lembrar-me se nunca te conheci?
“-Sou aquela que sempre esteve triste
Por nunca ter te feito sorrir
Foste pra mim sempre mundo inabitável
Árido, sem atmosfera
Impossível de se povoar.
Nem suspeitas de quem eu seja, ainda?”
Como? Se nunca te vi nem mais feia nem mais linda.
Como? Se nunca te vi nem mais feia nem mais linda.
“- Sou aquela que talvez por timidez
Nunca conseguiu te seduzir
Foste pra mim meu maior fracasso
Meu eterno desalento
Sou aquela que sempre achaste que só com a Morte te viria
E por isso com Ela a ti me apresento.
E agora, já sabes minha identidade?”
Sim! De teu nome agora me avento:
Sim! De teu nome agora me avento:
És a Felicidade.
1 Comentários
Cuidado! "Feitiços, começam, assim...".
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