O Soneto do Epitáfio
Lá quando em mim perder a humanidade
 Mais um daqueles, que não fazem falta,
 Verbi-gratia – o teólogo, o peralta,
 Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
 Não quero funeral comunidade,
 que engrole sob-venites em voz alta;
 Pingados gatarrões, gente de malta,
 Eu também vos dispenso a caridade:
 Mas quando ferrugenta enxada idosa
 Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
 Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
 "Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
 Passou a vida folgada, e milagrosa:
 Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.
Eis a Seleção de Ancelotti. Blog Mário Marinho
Há 13 horas
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