Há muitos anos que só me lembro do meu aniversário porque sou lembrado dele por minha esposa e mais até por minha mãe, as únicas que ainda insistem em me dar os parabéns, mesmo diante de minha total indiferença e cara de cu ao receber o cumprimento. As únicas que, de alguma forma e sem nenhuma razão ou fundamento que sustentem tal crença, acreditam que, quem sabe, um dia, eu comemorarei o fato de ter vindo ao mundo num quinze de agosto de 1967.
Aliás, de ter vindo ao mundo, não : de ter sido trazido ao mundo, à força. Meu nascimento - contam - não foi dos mais fáceis, eu não queria vir à luz de jeito nenhum, tive que ser arrancado na marra, dizem que eu cheguei mesmo até a "passar da hora" de nascer, que nasci até meio arroxeado, com sinais de falta de oxigenação. Não queria nascer. E ponto.
Não tenho data de nascimento, tenho data de sequestro do útero, de abdução do ventre materno.
E se eu não me lembro nem do meu aniversário, por que cargas d'água eu me lembraria do do Marreta?
De novo, fui lembrado dele. Ontem, em um comentário que ele pediu pra não ser publicado, um leitor das antigas do Marreta perguntou se esse ano não teria uma ring girl gostosa carregando a placa de mais um round.
Então, fui à primeira postagem do blog e vi que ela data de dois de fevereiro de 2009. O Marreta aniversariara no domingo. Dezesseis anos. E está um rapagão, um típico adolescente. De tudo, reclama. Nada nunca está bom pra ele. Acha tudo besteira e perda de tempo, nenhum assunto ou atividade lhe desperta interesse ou o motiva. Tudo lhe é enfadonho.
Muito diferente do Marreta criança, do Marreta de até os seus 10, 12 anos. Tudo lhe fascinava. Qualquer assunto era interessante e virava texto, bons textos. Tinha bom humor. Vontade.
De qualquer forma, embora tomando cada vez menos iniciativa no combate, embora cada vez mais sem força para um bom e potente cruzado de direito e com um claudicante jogo de pernas, ainda estou aqui (pãããããta...). E por aqui, permanecerei. Mesmo publicando menos e com pior qualidade.
De qualquer forma, mais um ano do meu dantes mais poderoso Marretão, mais um ano de Marreta em riste. À base de tadalafila, mas em riste.
E falando em tadalafila, a moça abaixo bem que compensa o risco de uma overdose dela.
10 Comentários
Você poderia comemorar esses dezesseis anos publicando o primeiro post. Seria bem bacana. Agora, fala sério, com "ring girls" desse tipo qual a graça de ver um pedaço de cérebro voando?
ResponderExcluir"Não queria nascer"
ResponderExcluirSábio feto.
Vida longa ao Marreta e seu autor.
Abç
Parabéns ao blog, Marreta!!! Força e Honra.
ResponderExcluirOpa! Valeu!
ExcluirFelicitações! 16 anos de Marreta, logo logo a maioridade chega.
ResponderExcluirNão se preocupe se, por ser muito autocrítico, acredita que já não consegue mais escrever material de qualidade.
ResponderExcluirLedo engano. Continue fazendo o que gosta e que se foda quem não gostar.
Long live rock 'n roll!
A questão nem é tanto a falta de ideias. Nesse momento, por exemplo, tenho dois textos que considero bem razoáveis circulando aqui na cabeça, falta vigor de me sentar e escrevê-los, força para pari-los. Mas parar, eu não vou, não.
ExcluirAmanhã, verei se consigo escrever.
Long live rock 'n roll!
16 rounds... Haja tadalafila...
ResponderExcluirMas o bom é que tá barata. Paguei 12,30 a embalagem com 30 comprimidos. Mais barato que café.
ExcluirEu não aguentava cinco minutos com essa ring girl...com ou sem tadalafila.
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