Cadê a Palavra
Que estrelava os céus
Das minhas madrugadas?
Cadê a Palavra
Que, de estrela,
Se transfigurava
Se improvisava
Em raios, em lampejos
E centelhas
Caso meu céu resolvesse emburrar
Pôr-se ranzinza
E mal barbeado?
Cadê a Palavra
Que me seguia
Feito sombra
Feito cachorro de mendigo
Feito mulher de malandro?
Como revogar
A ordem de restrição
Que a palavra
Impetrou contra mim?
2 Comentários
Rapaz, eu fico impressionado! Passados dez anos do início do seu blog e você ainda consegue ser criativo e com ótimas associações. Gostei muito, gostei (como diz meu filho) bagarai.
ResponderExcluirTá atrás de você...
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