Solução Para a Superlotação Carcerária

A delegacia do município de Nova Cruz (RN), a 93 km de Natal, encontrou uma criativa, prática e, sobretudo, barata solução para a falta de vagas na carceragem. Baratíssima, aliás. Que dinheiro público tem que ser investido maciçamente em educação e saúde, não em vagabundo.
Uma vez que a delegacia funciona em uma casa adaptada e não possui nenhuma cela, o delegado Normando Feitosa teve que improvisar. E fez isso de maneira genial. Chumbou barras de aço às paredes dos corredores da delegacia e prende os criminosos algemados a elas. Uma única barra dá para quatro ou cinco presos.
Eles passam o dia todo nessa posição, alimentam-se usando apenas uma das mãos e são acompanhados ao banheiro por investigadores e agentes penitenciários; para dormir, são transferidos a um Batalhão da Polícia Militar, o que, na minha opinião, já é dar mordomia demais a eles.
Claro que os defensores dos chamados direitos humanos, sempre de prontidão a defender a bandidagem, já começaram a criticar a iniciativa da delegacia de Nova Cruz.
O juiz Esmar Custódio Vêncio Filho, do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins (TJ-TO), designado pelo CNJ para a coordenação do mutirão carcerário : "É uma situação desumana, porque os presos ficam em uma posição desconfortável durante a maior parte do dia. Além disso, quando eles tentam descansar os braços que estão algemados e suspensos, ferem os pulsos com as algemas. É uma situação insustentável, não há como justificar"
Desumana? Discordo. Estão desconfortáveis, os coitadinhos? Machucam os pulsinhos? Perguntem às vítimas deles se, por acaso, eles as deixaram em posição mais confortável. Perguntem se eles se preocuparam em não ferí-las.
Não tem como justificar? Concordo. Não há como nem porquê. Não tem que justificar, tem é que elogiar, tem é que dar uma medalha ao delegado de Nova Cruz, Normando Feitosa, cabra macho dos bons.
Reeducar bandidos? Isso não existe. Reeducar subentende que, em algum momento da vida, eles foram educados. Não foram. Ou até alguém - pais, família, escola - se propôs a, mas eles não quiseram. Agora é tarde, é irreversível.
Cachorro velho não aprende truque novo. Prisão não tem nada que educar. Não dá pra educar. Prisão tem que ser o inferno em vida. Para que o sujeito, por medo do inferno, pare de praticar seus crimes; crimes que, através de simples trabalho de conscientização, como querem psicólogos e pedagogos, ele jamais deixará de cometer.
O inferno funciona. Que o digam os cristãos. 

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Prezado, decididamente nunca ri tanto diante de comentários tão criativos e bem embasados, ao mesmo tempo polêmicos e provocativos. A maneira como você trata os diversos assuntos "choca" os mais "sensíveis" e, ao mesmo tempo, faz essa geração imbecil do "tudo politicamente correto" pensar, o que está difícil nos dias de hoje. Enfim, certamente continuarei a ler seus posts. Saudações.

    ResponderExcluir