Os Joões Bobos de Lula (2)

No seu editorial de domingo próximo passado, 19/01/2025, Lula Manda Caçar Bruxas, o jornal O Estado de São Paulo fez a seguinte chamada para o artigo : "Ao instrumentalizar a AGU para criminalizar o discurso da oposição, a título de combater ‘fake news’, Lula prova que o seu compromisso com a democracia nunca foi sério".

E o Estadão só percebeu isso agora?

Só "percebeu" agora que Lula nunca quis nada com a democracia? Só "percebeu" agora que Lula e os quadrilheiros e os terroristas que assaltavam bancos e sequestravam pessoas nas décadas de 1960 e 1970, e que compõem grande parte ainda dos quadros do PT e de outras legendas de esquerda, nunca quiseram nada com a democracia, que sempre acalentaram o sonho de uma ditadura castrista tupiniquim, regime que eles próprios chamavam de a "ditadura do proletariado"? 
 
Só "percebeu" agora que Lula e seus comandados só se "converteram" à democracia na década de 1980, só vestiram a pele de cordeiro, porque tentaram antes chegar ao poder via violência, via luta armada, via terrorismo e guerrilha, e tomaram no cu, porque foram devidamente escorraçados pelos valorosos militares, que ainda existiam então?
 
Só "percebeu" agora que Lula e a esquerda só fingiram entrar no jogo da democracia para se colocarem legitimamente no poder e, uma vez lá, implantarem a tão sonhada "ditadura do proletariado"? 
 
Só "percebeu" agora que a ascensão de ditaduras via processos democráticos é uma das táticas mais manjadas da esquerda? Basta olharmos para a patética América do Sul, que nos rodeia e da qual somos também um triste exemplo. 
 
E o Estadão só "percebeu" isso agora?  
Nem acredito mais que seja burrice ou obtusidade, pois se trata de um veículo de comunicação que há décadas e mais décadas acompanha a política e a história do país. 
Só pode mesmo ser hipocrisia. Ou melhor : covardia, falta de hombridade e de coragem de dar a cara a tapa e assumir que cagou feio, que ajudou a reeleger não só um corrupto (que ser corrupto parece não ser impeditivo nem demérito para ocupar a presidência do país; antes pelo contrário, só enriquece o currículo), mas também um declarado aspirante a ditador.  
 
O Estadão não percebeu isso só agora, sempre soube, desde as plúmbeas/áureas épocas. Está, como estão milhares e milhares que votaram no descondenado, a lavar as mãos sujas de tinta de impressão e de sangue. Está é a tirar o dele da reta, a tentar se eximir ou, ao menos, minimizar a grande culpa que lhe cabe.
 
Mas vá lá que seja. Para não me dizerem um cético intransigente e um afeito a radicalismos, vá lá que seja, vá lá que o Estadão só tenha mesmo "percebido" agora que Lula sempre cagou para a democracia, a não ser, é claro, quando ela serve aos seus interesses, da mesma maneira que os pobres, os indígenas, as mulheres, os negros, os gays e demais classes de "oprimidos", todos apenas massa de manobra para a esquerda, e descartados na sequência.

E agora, que, enfim, "percebeu" o despotismo de Lula, opor-se-á a ele, o Estadão, numa provável candidatura para 2026? Ou declarará, quando for a ocasião, que o país está, mais uma vez, em face de um mal maior? E, de novo, também um João Bobo de Lula, um JB do Sapo Barbudo que é, reiterará e renovará seu apoio ao Seboso de Caetés? 
 
Agora que, enfim, O Estadão "percebeu" o real perigo que Lula representa e sempre representou para uma real democracia, opor-se-á à uma possível reeleição dele em 2026? 
Ou, quando lhe for de conveniência, elegerá um outro "mal maior", uma outra encarnação de uma "ameaça à democracia", para servir de bode expiatório à sua culpa de, obedecendo à sua vocação de JB, seguir apoiando e elegendo Lula? Como fez em 2022, juntamente a outros jornais e a milhares de eleitores - que dizem nem ser de esquerda, que dizem mesmo odiar o Lula -, com Jair Bolsonaro?  
 
Opor-se-á, o Estadão a Lula em 2026, agora que "percebeu", ou declarará, de novo, de novo sem prova alguma, de novo junto aos mesmos jornais e aos mesmos eleitores que dizem não gostar de Lula, a existência de um novo "Bolsonaro", de um novo "mal maior", para que continuem todos a ser, sem a menor culpa ou remorso, as mulheres de malandro que sempre foram, os JBs que adoram e têm orgulho de ser?

Vejam o que este mesmo Estadão,
que agora diz ter percebido que Lula nunca teve compromisso sério com a democracia, dizia dele em plena campanha presidencial de 2022. O que o Estadão percebeu, isso sim, é que o barco que ajudou a atracar na presidência está a soçobrar. E está pulando fora.
Lula é muitíssimo democrata!!! Pããããããta que o pariu!!!!!
São ou não são de causar asco e repulsa, esses JBs de Lula?
 
Abaixo, e enfim, reproduzo o editorial Lula Manda Caçar as Bruxas, do Estadão - os grifos em vermelho são por minha conta.


"O presidente Lula da Silva está
atordoado após o vexame que foi sua reação amadora ao já famoso vídeo no qual o deputado oposicionista Nikolas Ferreira (PL-MG) levanta suspeitas de que uma instrução normativa da Receita que previa o monitoramento de operações via Pix seria o primeiro passo para cobrar mais impostos. Incapaz de fazer vingar sua versão dos fatos, Lula mandou criminalizar o discurso da oposição, numa clara demonstração de que seu compromisso de defender a democracia – com o qual se elegeu presidente na disputa contra Jair Bolsonaro – nunca foi realmente sério.

Já era previsível a mobilização de partidos e entidades esquerdistas para acionar a Justiça contra os opositores que estão fazendo o governo de gato e sapato nas redes sociais, mas, na prática, o efeito disso é limitado e provavelmente ficará apenas no terreno do ridículo. Por outro lado, a contraofensiva oficial determinada por
um presidente da República humilhado mostra que Lula está disposto a usar a força colossal do Estado contra cidadãos que ousam criticá-lo ou levantar dúvidas sobre suas reais intenções, algo que é intrínseco à política. É evidente que isso contraria os fundamentos da democracia e do Estado de Direito.

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o grupo de advogados Prerrogativas anunciaram representações ao Conselho de Ética da Câmara e à Procuradoria-Geral da República contra o deputado Nikolas Ferreira, acusando-o, entre outras coisas, de “estelionato” e “crime contra a economia popular”.
Qualquer um de boa-fé que tenha assistido ao vídeo do parlamentar sabe que ali não houve nada disso. E ainda que houvesse, mentir na política não é crime, assim como é lícito em uma democracia desqualificar medidas governamentais, ao contrário do que alguns querem fazer parecer. Mas aqui ao menos estamos apenas no terreno do pitoresco.

Tudo fica mais sério quando,
por ordem direta do Palácio do Planalto, a Advocacia-Geral da União (AGU) aciona a Polícia Federal (PF) para que seja aberto um inquérito policial a fim de investigar a disseminação de “fake news” sobre o Pix, notadamente sobre a suposta taxação do serviço. A tática é manjada: o governo Lula estigmatiza como “fake news” tudo o que lhe desagrada como forma de cerceamento do livre exercício da crítica. Não custa reiterar: espalhar mentiras ou, vá lá, “desinformação” não é crime, salvo em raras exceções tipificadas no Código Penal – apologia ou incitação ao crime, manifestações racistas, crimes contra a honra, contra a saúde pública e fraudes processuais, entre outras. Nada disso se aplica a este caso.

Portanto,
não há qualquer justificativa republicana, quiçá jurídica, para a intervenção de um órgão de Estado como a AGU em socorro de um governo zonzo em meio a uma batalha eminentemente política. Donde se pode concluir que a ordem de Lula para que a AGU envolva a PF no caso do Pix não se presta a outra coisa senão a intimidar opositores, que, a depender do desdobramento do caso, pensarão dez vezes antes de criticar publicamente uma medida do governo.

A ameaça de Lula não poderia ser mais clara: se até um parlamentar como Nikolas Ferreira, o deputado mais votado nas eleições de 2022, pode ser acionado na Justiça pelo que fala contra o governo, malgrado estar amparado pela imunidade parlamentar assegurada pela Constituição, o que pode acontecer com um cidadão que não tem as mesmas prerrogativas?

Na petição à PF, a AGU argumenta que “os resultados negativos da ampla disseminação de desinformações sobre o Pix já estão sendo sentidos com a maior queda de número de transações desde a implementação do sistema, após desinformação sobre sua taxação, conforme dados do Banco Central”.
E daí? Se o número de movimentações financeiras via Pix caiu, isso se deve não à eventual prática de crimes, mas à inépcia de um governo em descrédito.

Se Lula é incapaz de defender no campo da comunicação uma medida correta de seu governo, não será acossando adversários na Justiça que vai resgatar a confiança dos brasileiros."

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Azarildo, eu estou de saco cheio dessas pessoas que vêem que o governo vai de mal a pior e mesmo assim tem um milhão de desculpas para as atrocidades que ele comete.
    Eu não tenho mais paciência.
    Um abraço!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Somos dois, meu caro.
      E sei que não adianta nada eu ficar falando. Mas não consigo deixar de me emputecer, afinal, esses caras colocam a todos nós no mesmo barco furado.
      Abraço.

      Excluir