A Casa Caiu Para a Casa di Conti

Não há pandemia que me iniba, ou que me tolha de prosseguir no desbravamento de novos territórios - eu, o bandeirante das cervejas gerais -, de continuar a experimentar cervejas nunca dantes degustadas, de me embrenhar em mercados, mercearias, armazéns, bodegas e lojas de conveniência na eterna busca da boa e barata perfeita.
Ontem, ao ir na loja de conveniência da rede de postos Sewal, para comprar meus latões de Lokal (473 ml) por R$ 1,99 a unidade, deparei-me com ela, a puro malte (assim dizia o rótulo) Moinho Real, R$ 1,89 a lata de 350 ml.
Além dos latões de Lokal, comprei duas latinhas da Moinho Real.
Confesso que, desta vez, a compra não chegou a ser um tiro no escuro; talvez a velhice, inimiga de toda a testosterona, tornou-me mais precavido, mais temeroso, enfim, mais cagão mesmo. Pus a lata na horizontal a procurar por seu fabricante, procedência etc.
Animei-me : produzida e envasada pela tradicional e conceituada Casa di Conti, de cuja lavra também são as boas e baratas 1500 e Tag Bier, já devidamente mostradas, comentadas e condecoradas aqui no Marreta.
Desta feita, todavia, a minha persistência na procura pelo Santo Graal do bebum sovina não foi recompensada. Lembrei do filósofo Dr. Gregory House : "perseverança não é igual a merecimento".
Apesar da embalagem caprichada e estilosa, a Moinho Real é ruim. Muito ruim. Deu o que fazer para tomar as duas latas. Sem espuma, cheiro meio rançoso. Mesmo gelada, quase ao ponto de empedrar, dá-nos a impressão de morna, zero de refrescância. Mais gosto de tubaína sabor maçã que de cerveja. Só "ganha" de uma cerveja que tomei até hoje, da Royal Beer, mas a respeito desta, tenho dúvidas até hoje de que seja cerveja.
Não sei o que houve, mas há algo de podre no reino da Casa di Conti. E, este algo, é a cerveja Moinho Real.

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2 Comentários

  1. Não sei se já experimentou, mas a cerveja Burguesa, da mesma fabricante dessa porcaria moinho real (deve ser pra high society mesmo, um lixo), é excelente! Das que encontro por até R$1,99, é minha favorita. A 1500 também é boa. Muito boa.

    Em época de quarentena, toda noite meto a boca na burguesa.

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  2. Ora, ora... tu, ferrenho crítico da burguesia, és chegado, então, numa burguesa. Parece até o Gregório de Mattos, o Boca do Inferno, que não gostava nem de índios nem de negros, mas que adorava uma índia e uma negra.
    Claro que conheço. Como não haveria de conhecer as belas tetas da Burguesa. E também gosto muito. Tem sempre dela numa loja de conveniência ao lado do estádio do Comercial, atrás da mini-rodoviária. Geralmente, ela se encontra por um bom preço.
    Se você encontrar, uma que eu recomendo muitíssimo é a Proibida Puro Malte, a do rótulo preto. Das puro malte que já experimentei, ela só perde, na minha opinião, para a não tão barata Serra Malte.
    Paguei R$ 4,09 hoje, no Assaí, pela garrafa de 600 ml da Proibida Puro Malte.

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