O seu chão
De súbito
Transformado em ar.
E você
Sua atmosfera
Num repente
Virada em mar.
E você
Sem teias para o sal escalar.
Seu coração
De brusco
Tornado em peça de taxidermia.
E você
Com tanto querer ainda para bombear.
Sua alma
De abrupto
Transmutada em saudade e álbum de velhas fotografias ante mortem de um vampiro.
E você
Com tanto calvário e faina ao sol ainda a aturar.
4 Comentários
Eita Azarildo! Não entendi porra nehuma, mas que é legal, é...
ResponderExcluirMuito legal mesmo.
Só não falo que é uma linda e inspirada poesia, porque aqui não preciso mentir.
Se tá legal, tá bom.
ExcluirAbraço.
Ufa, sufocante isso aí.
ResponderExcluirMas de repente, acontece. Mas o sol vai continuar por lá.
acabei de comprar teu e-book pra ver qual é desse mundo perfeito.
Opa, valeu. Depois me diz o que achou.
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