The Peyronie Art, ou Um Retrato 16 x 4

Após ler o meu Pequeno Conto Noturno (103), meu amigo corno e filósofo Fernandão enviou-me um zap : "fiz um comentário na última publicação... e por falar nisso, a foto ficou maravilhosa...  kkk... És um artista". O "artista" foi pura sacanagem, claro.

A tal foto é uma "arte" feita pela IA em cima de uma selfie na qual empunho um canecão de cerveja, o que, não que ele não soubesse, fiz questão de deixar explícito : "É IA. Aliada, é claro, às minhas beleza e simpatia naturais".

Falocêntrico que só ele - e com grandes razões para sê-lo -, em seguida, perguntou : "será que essa IA faz um trabalho no meu cacete pra eu mandar pras meninas? kkkkk".

E o diálogo seguiu e se encerrou mantendo sempre o alto nível : "Não sei. O meu, ela não conseguiu desentortar, não", referindo-me à Doença de Peyronie, mal estudado pelo médico François Gigot de la Peyronie, um francês muito do chegado numa rola, e que provoca uma curvatura no cacete; no meu caso, para cima.

Uma vez que oficina do Diabo, fiquei com essa breve conversa em minha ociosa cabeça. De desfazer a doença de Peyronie, a IA não é capaz. Mas será que ela não poderia, ao menos, embelezá-la? Transformar o infortúnio e a desgraça em arte? Como é de praxe a grandes gênios atormentados?

E nasceu, pois, uma das minhas obras conceitualmente mais ousadas e transgressoras, a la Andy Warhol : The Peyronie Art, ou Um Retrato 16 x 4.
 
Fernandão, essa é especialmente pra você!
 

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