O Brasil está prestes a assistir à maior injustiça política de sua história: a prisão do ex-presidente da República.
Dói constatar que um homem honesto, com mais de 40 anos de carreira política irretocável, passe a conviver com criminosos de toda a ordem. É uma injustiça que corrói os corações de milhões de brasileiros que o veem como um verdadeiro mito.
Logo
ele, um político que jamais foi acusado de corrupção, será encarcerado
enquanto alguns outros ocupam cargos importantes na República
brasileira, apesar de condenações por conta de desvio de bilhões de
reais de estatais, dos cofres públicos.
Quanta injustiça!
Afinal,
como se pode condenar um ex-presidente da República a 27 anos e três
meses por supostamente ter planejado um golpe de Estado sem nenhuma
prova concreta, cabal e irrefutável? Uma simples análise factual,
desprovida de paixão, é devastadora. Como acreditar que um presidente da
República —sentado na cadeira principal do país— queira se perpetuar no
poder se nomeia novos ministros militares a pedido do candidato que o
derrotou nas urnas?
Como imaginar que esse mesmo presidente pediu aos caminhoneiros —que
o apoiavam em novembro de 2022— para liberarem as rodovias do país e,
assim, impediu o caos no abastecimento de produtos? Não deveria ser o
contrário? Ele não deveria estimular a greve dos caminheiros e a
obstrução das estradas para criar o "clima" que justificasse um golpe
(como, aliás, ocorreu no Chile em 1973)?
Não só isso. Esse mesmo presidente da República decidiu ir para os Estados Unidos
e ficar longe do cenário político da formação do novo governo. Não
queria tumulto, bate-boca ou alimentar intermináveis discussões sobre a
legitimidade das eleições. Preferiu a distância e se preservar do ritual
de passagem da faixa presidencial —o que é um direito dele, por mais
que se questione.
Mais espantoso ainda é vinculá-lo aos atos de baderna do 8 de Janeiro!
Não só ele não estava no Brasil como quase que imediatamente repudiou
os protestos por seu caráter violento e agressivo contra os Poderes da
República. Mas, ironicamente, isso não conta.
Nos
autos do volumoso processo contra Bolsonaro e mais seis réus —a quase
totalidade militares de alta patente— não se encontra um documento
sequer oficial da Presidência da República, com sua assinatura,
determinando qualquer ação conspiratória. Nenhum!
É evidente que o julgamento da 1ª Turma da Suprema Corte
do país foi político. Sem provas, optaram por condená-lo e a seis
auxiliares pela suposta tentativa de golpe; sem armas, sem canhões e sem
soldados na rua. Apenas uma baderna coletiva, semelhante às que o PT e a
esquerda promoveram na Esplanada dos Ministérios nas últimas décadas.
A prisão domiciliar em que se encontra nos dias de hoje tem origem em suas falas, em sua retórica eleitoral de palanques nos eventos de 7 de Setembro,
que nem de perto permitiriam uma condenação de 27 anos. Em cima de um
trio elétrico em São Paulo, o homem calejado, o político ofendido de
maneira vil pelos esquerdistas, desabafava e atendia aos apelos do seu
eleitorado.
Dessa
postura a prendê-lo e condená-lo a quase três décadas é um acinte ao
Estado democrático de Direito. Encarcerá-lo num presídio de segurança
máxima é mais uma vendeta pessoal do que o respeito às leis e à Constituição.
Aos 70 anos, o ex-presidente da República marcha para um verdadeiro
calvário político e pessoal inimaginável para quem comandou um Brasil
sem corrupção.
Um homem idoso que ainda sofre as graves sequelas da covarde facada de
Juiz de Fora (MG) e que ainda hoje os esquerdopatas inventam que não
existiu. A Justiça tem sempre de seguir o que a Constituição prevê e
ninguém pode estar acima dela, nem mesmo um ex-presidente da República
—e, menos ainda, os seus guardiões.
Vê-lo
sendo espezinhado, escorraçado, perseguido politicamente, sendo objeto
de retaliações judiciais incompreensíveis à luz da Constituição, dói. É
uma dor que corrói não só nossos corações como os de toda a sociedade
brasileira, que vê um dos seus maiores líderes do país passar por tudo isso. A Justiça e a história vão reconhecer, cedo ou tarde, essa brutal injustiça.

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