Que Miséria

Há tempos não apaixono alguém.
 
Há tempos não presenteio com um livro,
Com um CD "artesanal",
Não recomendo um filme,
Não embarco num café clandestino,
Não abro uma garrafa de vinho barato em horário comercial.

Há tempos não ateio fogos de Santelmo em outros olhos,
Não eriço mamilos,
Não picho rubores em faces desprecavidas, 
Não provoco tempestades e inundações num entrepernas, num entrelábios. 

Há tempos que não apronto misérias num coração. 

Que miséria...

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