É a Podridão, Meu Velho (19)

21:18 h.
O Sol ainda tenta pegar no sono
Nesses tempos de horário de verão
(tomou um rivotril, o Sol, e espera seus efeitos).
Já se abate
E faz ninho sobre mim
O cansaço e o desnorteio
De como se três ou quatro horas da madrugada fossem.

E pensar que eu,
Que hoje só atendo
Só respondo
Só me ponho em movimento
Mediante ao toque do clarim do rádio-relógio-despertador
(nunca sintonizei única estação nele),
Até há não muito tempo,
Até há bem dizer
Ontem,
Só era atraído à rua
Pela luz da lua portátil e de 1.000 watts do Comissário Gordon.

E pensar que eu,
Até há não muito tempo
Até há bem dizer
Ontem,
Só ia me deitar
Na hora em que hoje acordo.

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3 Comentários

  1. É a podridão mesmo, você é velho e está apodrecendo, não aguenta mais ficar acordado até as 4 h da madrugada, você já era, marreta!

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    1. Verdade. Mas ainda sou capaz de incomodar muita gente.

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    2. Anônimos valentões de internet que não aguentam 2 minutos de porrada.

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