Superboy

Sua casa lhe foi arrancada do peito,
Seu coração, desenraizado do útero de quartzo de seu planeta,
Seu espantalho sem miolos, destronado dos campos de milho natimortos que não interessavam nem mais aos corvos e às gralhas,
Seu leão sem coragem, aprovado em concurso público, ganhou terno, gravata, escritório e plano de carreira, virou atração de circo,
Seu Homem de Lata, à eterna espera por um transplante de coração, levado à usina de reciclagem pelo catador de lixo, misturado às latinhas de cerveja barata.

É só você contra o furacão.
Só você,
Zelador dos ossos de seu clã,
Claviculário de todas as residências-fantasma sem cães.
É só você contra o tornado.
Só você,
Sua capa vermelha
E sua tristeza de kryptonita.

Postar um comentário

3 Comentários

  1. Gostou dos vencedores do carnaval em Sampa e Rio, Tatuapé e Portela, respectivamente?
    E os acidentes com os carros alegóricos, o que o senhor achou?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rapaz, 'cê tá de sacanagem comigo, né? Quer saber o que achei dos 30 anos do flashdance, do Oscar e, agora, da porra do carnaval.
      Quero que vá tudo à merda!
      Inclusive você!

      Excluir
  2. "tristeza de kryptonita": ótimo achado!

    ResponderExcluir