Hoje, Eu Vou de Germânia 55

Saboreara-a uma única vez, e gostei pra caralho. Depois, nunca mais a vira pelos corredores e prateleiras dos supermercados. Até hoje. Não vou dizer em qual mercado, que eu não estou aqui pra fazer propaganda de graça de ninguém. 
Ela : a receita número 55 da cerveja Germânia, obra-prima de um alquimista alemão conhecido apenas como "Der Alchimist". Enquanto os outros alquimistas se dedicavam à viadagem de transformar chumbo em ouro, a descobrir a pedra filosofal e o elixir da longa vida, que garantiria a imortalidade ao ser humano, Der Alchimist viu que a vida era mesmo curta e se dedicou a aprimorar os prazeres breves e fugazes, empenhou-se em transformar o malte, o lúpulo e a cevada em ouro puro, a refinar o elixir da boa vida, o veneno antimonotonia nosso de cada dia. Em suas anotações herméticas, nas poucas páginas que restaram de seus formulários, Der Alchimist destaca a receita de nº 55 como a mais especial de todas, como a quintessência de sua busca secular.
Der Alchismist resolveu bem aproveitar a curta vida concedida a nós, humanos. Ao invés de ficar lá, enfurnado em sombrios porões de pedra, às voltas com cadinhos, retortas, fornos, mercúrio e enxofre, transmutou um grão dos mais sem graças em verdadeiro ouro líquido. Não será o dourado da cerveja o ouro que os alquimistas por tanto tempo buscaram, o segredo almejado desde a aurora dos tempos por gênios, sábios, alquimistas e conquistadores?
E eis que hoje, sem esperar, dou de cara com ela, a Germânia 55, em toda sua magnificência e portentosidade, em seu latão de 710 ml que mais parece a armadura de um cavaleiro templário, em seu blindado traje dourado e vermelho, a própria armadura clássica do Homem de Ferro.
Comprei-a-a!!! E o preço, então? Uma pechincha.
Mais : o seu megalatão é o que mais combina com a caneca asgardiana que comprei em minha última viagem, o meu graal de Thor. 
A foto tá uma bosta, e me retrato (até parece um trocadilho do Jotabê) : é que não tenho máquina digital, nem celular, smartphone e o caralho (o caralho tenho, já não tem mais aquela "resolução" de antigamente, mas ainda o tenho). Tirei a foto num tablet dado aos professores da rede pública de SP pelo governo, um tablet da CCE. Governo de São Paulo e CCE, um encontro de titãs... pããããããta que o pariu!!! Acho que fiz até que um pequeno milagre.
Vou agora botar um CD, me sentar à sacada e degustar a minha Germânia 55, que, antes que venham com maledicências, não é artesanal porra nenhuma, é cerveja de macho. Geralmente, vou de Raul ou de Adoniran, mas hoje acho que estou mais para Oswaldo Montenegro. Faça uma lista de velhos amigos, quem você mais via há 10 anos atrás, quantos você ainda vê todo dia, quantos você já não encontra mais... 

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4 Comentários

  1. Não tem máquina digital, smartphone?
    Em que mundo você vive?
    És um baita de um mão de vaca dos infernos.
    E ainda tomando cerveja de boiola.
    Biólogo tomando cerveja de boiola.

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    1. Vivo no mundo real, seu fiodaputa, no mundo dos que pensam, dos que tem algum tipo de discernimento das coisas, no mundo dos que conseguem escrever corretamente e mais do que 140 caracters, e não nessa matrix de retardados que você e a maioria dos idiotas feito você vive, não nesse mundo de robôs escrotos de carne e osso, não nesse mundo "conectado" cheio de fios que saem de máquinas mais inteligentes do que aqueles que as portam e utilizam, nesse mundo de fios que saem de máquinas e entram pelos vossos cus.

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  2. Vou já procurar pra saber se é todo esse migué (risos) ;)
    "J"

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    1. Pode conferir que não vai se arrepender.
      Eu já havia escrito sobre ela aqui :
      http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2014/04/cerveja-germania-55-essa-eu-nao-conhecia.html

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