Planares Avulsos

Você 
- beija-flor amargurado, andorinha que não faz verão,
ave de rapina com Corega -
Me convida
A um vooo de liberdade,
A planares avulsos.

Voo? Eu?
Não se deixe enganar
Pelas minhas condoreiras asas.
São só adereços 
De um triste e antigo Carnaval.
Só um peso a mais
Que tenho a arrastar.

Voos de liberdade,
Lembro-me vagamente deles,
São muito bons.
O que me estrepam
São as aterrissagens.
Sempre pousos forçados,
De emergência.
Catastróficos, no mais das vezes.
Sem sobreviventes.

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