O Que as Mulheres Querem Dos Homens? X E o Que é Que a Gente Quer?

As mulheres chegaram ao poder e ao comando. Algumas mulheres chegaram. Ao comando de suas casas - o financeiro e não mais o do fogão, vassoura e outros utensílios -, ao comando de suas empresas e até ao comando do país. E já não era hora. Demoraram. Sempre fui a favor da mulher no comando das coisas. Quanto mais a mulher trabalhar, menos preciso eu.
E logo dirão algumas feministas suvacudas de plantão que eu sou a favor da mulher por motivos machistas. Sou a favor, já não está bom? Até meus motivos têm que ser os considerados corretos?
Detentoras do poder econômico, outrora concentrado em mãos masculinas, elas começam também a se acharem as tais, a se tornarem cada vezes mais exigentes, eu estou pagando, não estou? E caem nos mesmos enganos e esparrelas antes exclusivos aos homens.
O maior deles : idealizar o marido que irá comprar e comandar, feito os homens que, antigamente, procuravam as chamadas moças prendadas. Para a nova mulher, a chefona, a manda-chuva, não é qualquer macho que lhe sirva à companhia. Nada disso. Tem que ser um macho muito do prendado, muito do casadoiro.
Esta é a reportagem de capa Revista Época desta semana, O Que As Mulheres Querem Dos Homens.
O que essas "novas mulheres", que, em verdade, apenas mimetizam os vícios dos homens, uma espécie talvez de revanchismo sexista inconsciente, como quem diz, agora é minha vez, querem, afinal?
A mim, um pequeno trecho da reportagem, que reproduzirei abaixo, parece bem sintetizar seus desejos :
"A tentativa de conquistar o novo coração feminino pode ser frustrante – para eles e para elas. As mulheres, sob o efeito de certo deslumbramento com a autonomia e o poder conquistados, impuseram uma longa lista de pré-requisitos ao parceiro ideal. Mostram-se atraídas por homens que conservam algo de dominador, característica sugerida pelo sucesso na carreira e pela ambição. Ao mesmo tempo, querem um companheiro sensível, capaz de deixar transparecer suas emoções." A capa da revista ainda lista outras qualidades do homem que elas querem para zangão : bem-sucedido, sensível, prendado, equilibrado, bom pai, bom de cama.
A mulher alfa dominante quer um cara que dance ballet, recite poesia, entenda de design de interiores, lembre do aniversário da sogra, levante a tampa da privada para mijar, faça origami e arranjos florais, só se trate com homeopatia, florais de Bach etc. E ainda o quer sempre de pau duro. Para comê-la três vezes ao dia.
Meninas, isso não existe. Ou o cara é sensível, ou ele as come. Assim como os unicórnios, grifos, dragões e quimeras, não existe esse ser mitológico, o macho sensível. Não existe esse ente que as coma feito um tarado e as escute como uma amiga confidente. Vocês não estão querendo um homem, e sim um ser multifuncional, feito esses eletroeletrônicos de hoje. Vocês estão querendo é um hermafrodita. Vocês estão querendo um viadinho de estimação.
Aliás, o macho sensível até existe, sim. Mas sua duração é efêmera. O macho sensível existe apenas, digamos assim, durante a fase larval do relacionamento, aquela fase em que ele ainda está a conquistá-las. Para ser mais claro, o macho sensível existe até que ele consiga comê-las. Daí para frente, já era.
E deem graças que assim seja. Se depois da conquista, do território demarcado, o cara continuar muito sensível - continuar sentando com as perninhas cruzadas, limpando delicadamente os cantos da boca com a pontinha do guardanapo e outras sensibilidades -, fiquem atentas, vocês podem estar prestes a perder mais um macho. Para outro macho.
O discurso dessas mulheres independentes é muito bonito, cheio de segurança e coisa e tal, mas, na prática, o que vejo é bem diferente. 
Durante um tempo, quando ainda são mais novas, quando a solidão - e as rugas - não lhes pesam tanto, elas bem que tentam encontrar essa nova versão do Princípe Encantado - vejam que elas continuam presas ao Príncipe Encantado, um que elas escolherão, mas o mesmo mito masculino do tempo de nossas bisavós -, ficam trocando e destrocando de homens, como quem devolve um produto com defeito à loja em que o comprou.
Depois dos quarenta, ou por volta deles, porém, elas começam a ver que não estão com essa bola toda, que não são mais as rainhas da cocada preta, que, aliás, podem muito bem nunca ter sido, que os produtos não eram exatamente defeituosos, que parte do defeito também estava em quem os usava.
Quando lhes cai a ficha e elas veem suas amigas passeando satisfeitas com seus respectivos trogloditas, das duas uma, ou elas piram, surtam geral e vão fazer a alegria da conta bancária de psiquiatras e terapeutas, ou respiram fundo e encaram a realidade, reconhecem que o jeito é readequar as expectativas a homens reais, não ideais. Já que não tem tu, vai tu mesmo, reza o adágio popular.
Independente do poderio econômico de cada um, a atitude adequada aos dias de hoje, à realidade dos casais em que ambos trabalham, é a cooperação. Não tem essa de ninguém mandar em ninguém. Não tem essa de que serviço doméstico deva ser relegado somente a quem ganha menos, ou que pegar num rodo ou lavar a privada em que se caga desmereça alguma diploma superior.
Pelo jeito, ainda vai levar um bom tempo para a mulher deixar de ser "homem".
E nós, homens, o que queremos? Ora, nós somos muito mais simples, muito mais modestos. Deixo a resposta da pergunta a cargo da Banda das Velhas Virgens, da letra de sua canção E o que é que a gente quer?
E o que é que a gente quer?
(Velhas Virgens)
Elas falam demais
Mas têm o que a gente quer
E elas torram nossa grana
Mas têm o que a gente quer
Elas sabem ser chatas quando querem
Mas têm o que a gente quer


A gente faz papel de besta
Porque elas têm o que a gente quer
E a gente cai na lama e come grama
Porque elas têm o que a gente quer
Elas fazem com a gente o que elas querem
Porque elas têm o que a gente quer


E o que é que a gente quer?
A gente quer é fuder
E o que é que a gente quer?
A gente quer B.U.C.E.T.A
Buceta


A gente briga na rua
Porque elas têm o que a gente quer
E a gente larga a bebida (Não!!)
Porque elas têm o que a gente quer
Até mesmo a boêmia a gente deixa
Por que elas têm o que a gente quer


Pode até ser gordinha
Mas tem o que a gente quer
Banguela, fedida, fodida
Mas têm o que a gente quer
Apesar dos defeitos, todas elas,
Têm o que a gente quer


Elas põem chifres na nossa testa
Mas nós temos o que elas querem
Elas chutam nosso saco e fingem que não ligam
Mas nós temos o que elas querem
Por mais formais ou feministas que pareçam
Nós é que temos o que elas querem


E o que é que elas querem?
Elas querem "fuder"
E o que é que elas querem?
Elas querem C.A.C.E.T.E.
Cacete.

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