Viadagem Mata Mais Que Tabagismo

É o que afirmou o líder do Lobby Cristão Australiano, Jim Wallace.
Palavras do conterrâneo de Mel Gibson : "Fumar é mais saudável que a vida resultante de casamento gay. Acho que vamos dever uma grande desculpa aos fumantes diante das estatísticas de saúde da comunidade homossexual, com a expectativa de vida do sexo masculino reduzida em 20 anos. A expectativa de vida dos fumantes é reduzida em 10 anos".
Ou seja, fumar reduz a vida do sujeito em dez anos, dar a bunda, em 20 anos. Dar a bunda e fumar aquele cigarrinho pós-coito, então...
A declaração é mais uma das tentativas desesperadas e insanas de certos grupos cristãos conservadores em inibir a expansão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Óbvio que fumar reduz a expectativa de vida, assim como dar a bunda, também. E beber. E escalar o Himalaia. E atravessar a rua. E comer lanche do McDonald's. E esquecer data do aniversário de casamento. 
Aliás, como todo e qualquer vício e/ou atividade prazerosa. Pelo simples fato de que essas pessoas estão usando o corpo, estão pondo a máquina para trabalhar ao seu limite. E corpo muito usado, desgasta mais cedo, claro. Qual a vantagem em se morrer com 80 anos todo conservadão? Ser doador de órgãos para um outro velho de 90 anos? O negócio é gastar o corpo, mesmo.
Se dar a bunda mata mais cedo, não coibamos o ato; pelo contrário, o incentivemos. E ao tabagismo. E a toda e qualquer atividade insalubre. Chega de geração saúde. Instituamos a geração insalubre.
Já são 7 bilhões de pessoas no planeta, as projeções mais otimistas (negativamente falando) são de 9 bilhões para 2020.
Não dá mais para ficar pregando uma vida que conduza a pessoa aos cem anos, tem que morrer logo, desocupar o lugar.
O problema é que os porras desses cristãos só rezam, e isso não desgasta o corpo; mata o cérebro, é bem verdade, mas é plenamente possível viver acéfalo por décadas e mais décadas, ou a população do mundo não teria chegado aos 7 bilhões.
O que esse líder australiano precisa é fumar um charutão cubano gigante e sentar na embalagem metálica, de mesma geometria, que acondiciona o produto. Não que eu tenha algum desses dois vícios, mas não fico enchendo o saco de ninguém, pelo menos.

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